segunda-feira, 2 de maio de 2011

O tempo que passa

Vejo o vento que leva
Ouço o tempo que traz
Fito a noite que morre
Flerto o dia que cai

A roda louca enrosca meu andar
Um navegar marasmático
Na cadência de uma leve brisa
Os senhores do ar não têm pressa

Cada dia é uma versão acústica
Um acorde suave e pesado
Lento como um chumbo dourado

Cada raio solar é uma lanterna
Iluminando caminhos neste eterno apagão
Toda fogueira é vagalume
Repousa admirando as estrelas

Todo momento é mistério
O espaço é minha estrela guia
Semeia ilusões
Povoa meus sonhos

Vejo o tempo que passa
Ouço o vento que morre
Dia e noite se anulam
Num suicídio mútuo

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