segunda-feira, 2 de maio de 2011

Choro de Gaia

Escuto Gaia que chora
Agoniza, definha rapidamente
Já sem o brilho doutrota
Falecerá repentinamente
Veias cheias de lixo
A pele devastada
O corpo murcho
A energia atordoada
Câncer por todo canto
Seus filhos, podres células
Não há cura, magia ou encanto
Não há fórmula para curá-las
Um ciclo chega ao fim
É preciso morrer para nascer
Arcanjo, Virtude, Seres de Luz, Serafim
Arquitetos do novo amanhecer
Colhendo, separando o joio do trigo
Aqueles que contra a maré navegam
Anelam o esplendor de um tempo antigo
Trabalham as chaves que lhes entregam
Caos, tragédia, selvageria, desespero
O homem cada vez mais animalesco
Instinto cada vez mais mortífero
Um cenário dantesco
Tempo de fogo e treva
Como anunciou cada profeta
Tristeza o futuro nos reserva
Logo a história estará completa

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