sábado, 10 de dezembro de 2011

Solo infértil.

A fonte secou
Ideias ainda borbulham
Mas nada brota
Nenhum texto, nenhum verso, nenhuma palavra
A arte escrita recusa sair da mente
É uma cidade fechada
Um presídio

Buscar a morte a cada dia
Buscar renascer a cada momento
Talvez a escrita morreu
Uma outra não nasceu
O vazio floresceu
Herança do caminho percorrido

Por força na tecla
Forçar a caneta já seca
Como espremer bagaço de laranja
Até quebrar o lápis
Surrar um solo infértil