quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pássaro de Cristal / Chuva Ácida

Sonhei um beija-flor de cristal
Uma luz azulada dava o tom de sonho
Voava sobre florestas encantadas
Saudando seres mágicos
Gnomos, Ondinas, Salamandras, Silfos, Elfos e Fadas
Tão veloz que o vento se sentiu lento
Tão bonito que o céu azul se sentiu cinza
Tão majestoso que um anjo veio reverência-lo
Tornava divino o ar que tocava seu rosto
Cristal nunca visto no mundo dos homens
Luz azul irradiava do coração do beija-flor
Lindo sonho azul
Além do tempo e do espaço
Sonhei um ser precioso
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Chuva que sempre lava, agora suja
Ou então, retira a capa que cobria a sujeira
O fato é que há um vazio na medida do universo
No peito um buraco negro que suga toda luz
E lança num local inalcançável do espaço
Restando a mais profunda ausência de luz
Cada gota é ácida
O corpo converte toda a dor no coração
E coloca uma tranca pra que ele não possa ser arrancado
Tortura trágica
O tempo é uma eternidade
Eis o outro lado da balança