Ele apenas espera pelo fim.
De todas as alegrias e tristezas, glórias e tragédias, nada restará; de todas ideologias, bandeiras, religiões, políticas, não sobrará, nem pó. O tempo traga tudo e cada um de nós vira apenas uma lembrança na memória da natureza que guarda tudo; a maior biblioteca do mundo.
Ele apenas vive sua vidinha, batalha seus planos, aproveita seus pequenos prazeres; até sonha com velhas ideologias, mesmo sabendo que nada restará.
Pouco faz por si, pouco trabalha no que realmente importa, cotidianamente perde pra sua preguiça, sua mente inquieta lhe aplica terriveis golpes; pouco lapida sua alma incrostada de tantos desejos, de tantos males; pouco faz pra luz brilhar em si.
Sua alma cobra, os deuses cobravam, mandam sinais, enviam ultimatos; ele fica angustiado, confuso, apreensivo; vê a grande tragédia se aproximar e pouca faz, não consegue se libertar da sua própria tragédia pessoal. De vontade fraca, imerso nos problemas cotidianos, pouco faz.
Fica perdido entre tantos avisos, desejos, sinais, vontades, intuição, amor, cobranças e medos.
Ele quer a paz completa, mas a vida é um caos, sua mente é um caos, sua alma é um caos, a terra é um caos.
Ele vê tudo acontecer e pouco consegue fazer. Ora com a fé que tem, pede ajuda, mas sua força é fraca, as orações não chegam como deveriam; sua percepção é turva e não consegue compreender a ajuda que chega.
Sua alma lamenta, chora e ele pouco faz.
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Um comentário:
Estou procurando a esperança neste poema...onde foi parar?
Ab.
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