segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Oração ao Sol
Grande espírito,
Cujo voz ouço nos ventos
E cujo alento da vida a todo mundo, ouça-me!
Sou pequeno e fraco,
Necessito de sua força e sabedoria.
Deixa-me andar em beleza
E faça com que meus olhos possam sempre
contemplar o vermelho e o púrpura do pôr-do-sol.
Faz com que minhas mãos respeitem tudo o que fizeste
E que meus ouvidos sejam aguçados para ouvir a tua voz.
Faz-me sábio para que eu possa compreender
as coisas que ensinaste ao meu povo.
Deixa-me aprender as lições que
escondeste em cada folha, em cada rocha.
Busco força não para ser maior que meu irmão
mas para lutar contra meu maior inimigo - eu mesmo.
Faz-me sempre pronto para chegar a ti com as mãos limpas e o olhar firme,
a fim de que, quando a vida apagar, como se apaga o poente,
Meu espírito possa estar contigo sem se envergonhar.
Povo Tupinambá - Séc. XVI
domingo, 24 de outubro de 2010
Lamentos
Ele apenas espera pelo fim.
De todas as alegrias e tristezas, glórias e tragédias, nada restará; de todas ideologias, bandeiras, religiões, políticas, não sobrará, nem pó. O tempo traga tudo e cada um de nós vira apenas uma lembrança na memória da natureza que guarda tudo; a maior biblioteca do mundo.
Ele apenas vive sua vidinha, batalha seus planos, aproveita seus pequenos prazeres; até sonha com velhas ideologias, mesmo sabendo que nada restará.
Pouco faz por si, pouco trabalha no que realmente importa, cotidianamente perde pra sua preguiça, sua mente inquieta lhe aplica terriveis golpes; pouco lapida sua alma incrostada de tantos desejos, de tantos males; pouco faz pra luz brilhar em si.
Sua alma cobra, os deuses cobravam, mandam sinais, enviam ultimatos; ele fica angustiado, confuso, apreensivo; vê a grande tragédia se aproximar e pouca faz, não consegue se libertar da sua própria tragédia pessoal. De vontade fraca, imerso nos problemas cotidianos, pouco faz.
Fica perdido entre tantos avisos, desejos, sinais, vontades, intuição, amor, cobranças e medos.
Ele quer a paz completa, mas a vida é um caos, sua mente é um caos, sua alma é um caos, a terra é um caos.
Ele vê tudo acontecer e pouco consegue fazer. Ora com a fé que tem, pede ajuda, mas sua força é fraca, as orações não chegam como deveriam; sua percepção é turva e não consegue compreender a ajuda que chega.
Sua alma lamenta, chora e ele pouco faz.
De todas as alegrias e tristezas, glórias e tragédias, nada restará; de todas ideologias, bandeiras, religiões, políticas, não sobrará, nem pó. O tempo traga tudo e cada um de nós vira apenas uma lembrança na memória da natureza que guarda tudo; a maior biblioteca do mundo.
Ele apenas vive sua vidinha, batalha seus planos, aproveita seus pequenos prazeres; até sonha com velhas ideologias, mesmo sabendo que nada restará.
Pouco faz por si, pouco trabalha no que realmente importa, cotidianamente perde pra sua preguiça, sua mente inquieta lhe aplica terriveis golpes; pouco lapida sua alma incrostada de tantos desejos, de tantos males; pouco faz pra luz brilhar em si.
Sua alma cobra, os deuses cobravam, mandam sinais, enviam ultimatos; ele fica angustiado, confuso, apreensivo; vê a grande tragédia se aproximar e pouca faz, não consegue se libertar da sua própria tragédia pessoal. De vontade fraca, imerso nos problemas cotidianos, pouco faz.
Fica perdido entre tantos avisos, desejos, sinais, vontades, intuição, amor, cobranças e medos.
Ele quer a paz completa, mas a vida é um caos, sua mente é um caos, sua alma é um caos, a terra é um caos.
Ele vê tudo acontecer e pouco consegue fazer. Ora com a fé que tem, pede ajuda, mas sua força é fraca, as orações não chegam como deveriam; sua percepção é turva e não consegue compreender a ajuda que chega.
Sua alma lamenta, chora e ele pouco faz.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
No encanto da flauta
Tenho um brilho bom nos olhos
Um brilho novo
Não mais um brilho de fogo, vermelho da paixão
Mas um brilho de paz, azul do amor celestial
Sua alma toca uma flauta transversal
Sem saber me hipnotiza
Sou uma serpente numa dança indiana
Presa nas doces melodias
Que flutuam e tocam o infinito
Vejo flores em qualquer canto, qualquer concreto
Azul no céu cinza
Busco na lembrança
Seu riso espontâneo
Seu piscar de olho encantador
Sua voz que veste meu ouvido como uma luva
Sua face séria
Nessas lembraças ganho força pra um dia cansado
Calor pra uma tarde ensolarada e fria de setembro
Essa é minha medicina alternativa
Minha vitamina diária
Imagino, penso, viajo, fantasio
Nas flores que ainda não mandei
Nas cartas e poemas que não escrevi
Nas declarações que não fiz
Em qual presente ainda vou dar
Talvez um par de brincos, um livro, um cd
Ou qualquer coisa excêntrica
Um artefato gracioso do oriente que toque sua alma
Um sino
Sua presença é um pedacinho do céu
Onde posso repousar
Tirar curtas férias do tormento do mundo
Experimentar minutos de paz
Um brilho novo
Não mais um brilho de fogo, vermelho da paixão
Mas um brilho de paz, azul do amor celestial
Sua alma toca uma flauta transversal
Sem saber me hipnotiza
Sou uma serpente numa dança indiana
Presa nas doces melodias
Que flutuam e tocam o infinito
Vejo flores em qualquer canto, qualquer concreto
Azul no céu cinza
Busco na lembrança
Seu riso espontâneo
Seu piscar de olho encantador
Sua voz que veste meu ouvido como uma luva
Sua face séria
Nessas lembraças ganho força pra um dia cansado
Calor pra uma tarde ensolarada e fria de setembro
Essa é minha medicina alternativa
Minha vitamina diária
Imagino, penso, viajo, fantasio
Nas flores que ainda não mandei
Nas cartas e poemas que não escrevi
Nas declarações que não fiz
Em qual presente ainda vou dar
Talvez um par de brincos, um livro, um cd
Ou qualquer coisa excêntrica
Um artefato gracioso do oriente que toque sua alma
Um sino
Sua presença é um pedacinho do céu
Onde posso repousar
Tirar curtas férias do tormento do mundo
Experimentar minutos de paz
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