A fonte secou
Ideias ainda borbulham
Mas nada brota
Nenhum texto, nenhum verso, nenhuma palavra
A arte escrita recusa sair da mente
É uma cidade fechada
Um presídio
Buscar a morte a cada dia
Buscar renascer a cada momento
Talvez a escrita morreu
Uma outra não nasceu
O vazio floresceu
Herança do caminho percorrido
Por força na tecla
Forçar a caneta já seca
Como espremer bagaço de laranja
Até quebrar o lápis
Surrar um solo infértil
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Um comentário:
Gostei muito deste, me identifiquei totalmente.Mas sabe de uma coisa,quando o poeta se cala, observa-se o silencio.
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