“Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão
Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel
Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão”
Chico Buarque - Milton Nascimento
Atualmente, a maior parte das pessoas vive na zona urbana, respira o ar urbano poluído, não bebe água no rio, não vê o alimento nascendo; há quem odeie qualquer cosia relacionada ao estar no campo. Quase todos os alimentos são industrializados, cheios de elementos químicos; pouquíssimos alimentos são “puros”.
O homem, no seu início, tinha uma profunda ligação com a terra, pois dela dependia – não que hoje não dependa, mas não é algo visível, toda dependência fica no supermercado -; primeiro, com a colheita e com a caça, depois, com a aprendizagem da agricultura.
No surgimento da agricultura, talvez tenha sido o momento de maior ligação entre o homem e a terra; o clico da terra, da mulher, da lua, das estações, etc. A mística, a magia envolvendo o homem e a terra, os rituais. Entendia-se a importância do solo.
Com as cidades, os sistemas sociais “complexos”, a ligação entre a terra e o homem diminuiu, e o campo virou sinônimo de atraso, de inferioridade, algo que só serve para passar as férias – para alguns, nem isso -. Perdeu-se o toque, a mão suja de terra, o cheiro da terra, os pés descalços e a energia no corpo.
Muito do mal do homem atual - o egoísmo, solidão, ódio, ira, etc. – está ligado ao corte dessa ligação, ao não reconhecimento, verdadeiro, da importância da terra, como um filho ingrato esquece a importância dos pais. Todo o debate sobre a destruição dos recursos naturais parece algo distante, assim como a noção de morte que um jovem tem; sabe que vai acontecer, mas em um tempo distante. É um descaso com as futuras gerações. Somos todos culpados, todos temos um parte em tudo.
Chico Buarque - Milton Nascimento
Atualmente, a maior parte das pessoas vive na zona urbana, respira o ar urbano poluído, não bebe água no rio, não vê o alimento nascendo; há quem odeie qualquer cosia relacionada ao estar no campo. Quase todos os alimentos são industrializados, cheios de elementos químicos; pouquíssimos alimentos são “puros”.
O homem, no seu início, tinha uma profunda ligação com a terra, pois dela dependia – não que hoje não dependa, mas não é algo visível, toda dependência fica no supermercado -; primeiro, com a colheita e com a caça, depois, com a aprendizagem da agricultura.
No surgimento da agricultura, talvez tenha sido o momento de maior ligação entre o homem e a terra; o clico da terra, da mulher, da lua, das estações, etc. A mística, a magia envolvendo o homem e a terra, os rituais. Entendia-se a importância do solo.
Com as cidades, os sistemas sociais “complexos”, a ligação entre a terra e o homem diminuiu, e o campo virou sinônimo de atraso, de inferioridade, algo que só serve para passar as férias – para alguns, nem isso -. Perdeu-se o toque, a mão suja de terra, o cheiro da terra, os pés descalços e a energia no corpo.
Muito do mal do homem atual - o egoísmo, solidão, ódio, ira, etc. – está ligado ao corte dessa ligação, ao não reconhecimento, verdadeiro, da importância da terra, como um filho ingrato esquece a importância dos pais. Todo o debate sobre a destruição dos recursos naturais parece algo distante, assim como a noção de morte que um jovem tem; sabe que vai acontecer, mas em um tempo distante. É um descaso com as futuras gerações. Somos todos culpados, todos temos um parte em tudo.
É altamente necessário que o homem torne a reconhece o valor solo, dos recursos, da terra, senão, a fim será certo. Sinceramente, não acredito em tal reconhecimento.